Disco 84 - Semana 32 - De 7 a 14 de agosto de 2019 - MC Tha - Rito de Passá

Olá! Hoje comemoramos o aniversário de Caetano Veloso e Bruce Dickinson. Mas tem gente que só comemora o nascimento de um desses. E outros só vão comemorar quando um deles morrer. Ou os dois.

O disco dessa semana é mais um oferecimento do brunos, o caçula do grupo.


MC Tha - Rito de Passá


Spotify - https://open.spotify.com/album/2VdGX4c99Au3aGtR1HJAIm

Deezer - https://www.deezer.com/album/99794842?utm_source=deezer&utm_content=album-99794842&utm_term=1503374886_1565145054&utm_medium=web

YouTube - https://www.youtube.com/watch?v=LE43Bb3xXGw&list=PLYnGU9fvHdbSzh-tCulPzNYZaz_91a-zb

Letras - https://www.letras.mus.br/mc-tha/discografia/rito-de-passa-2019/

Genius - https://genius.com/albums/Mc-tha/Rito-de-passa

Ela diz que tem alma velha. Mas a sensibilidade de olhar e entender o antes se projeta num futuro imenso. Desde a infância no extremo leste de São Paulo, MC Tha, 26, foi guiada pela música. Ela tinha 15 anos quando se apresentou pela primeira vez em um baile funk. Em 2016, estreou com o single “Pra Você”. Desde então, envolveu a tudo e a todos com seu furacão, fortalecida por sucessos como “Bonde da Pantera” e “Valente”.
Agora, abrimos caminhos para “Rito de Passá”, EP de estreia lançado em junho. No MECAInhotim, ela apresentou músicas novas e contagiou o público. Sua mistura deliciosa de funk, MPB e R&B, abençoada pela força da umbanda, é mágica. Em bate-papo com Débora Stevaux, MC Tha comenta sobre sua participação no festival e sua formação como artista que está mudando o funk brasileiro.
Link pra a matéria completa aqui: https://medium.com/mecalovemeca/a-potência-do-rito-de-passá-de-mc-tha-9906f335862f



Gente, quem quiser colocar disco, saiba que só tem vaga pra outubro! Coloquem o nome logo, ou vão ter que deixar pra 2020!
E ouçam o Radiola Torresmo Drops! O próximo deve sair na sexta-feira!

Rito de Passá talvez fique no meu top 10 de músicas do ano. Inventiva, junta bem a batida de funk com os batuques de candomblé, um conceito forte, afrocentrado e nativista. Já o meio do álbum apresenta um MPB dançante e competente mas nada diferente do que fazem Anita, Jaloo (que até participa de uma música), Mateus Carrilho, Johnny Hooker, Duda Beat, etc. Meu interesse é retomado apenas com a volta do pancadão em Avisa Lá e Comigo Ninguem Pode.

Não me entendam mal: esse é um bom disco.

No entanto, pelo pouco que eu havia lido sobre a cantora e pelo próprio nome artístico escolhido, eu esperava outra coisa. Recentemente, ouvi os discos de Alice Caymmi (Electra) e da Clarice Falcão (Tem conserto) e achei q - apesar dessas cantoras estarem mais identificadas com a chamada MPB tradicional do que a novata MC Tha - elas ousam mais em misturar do que a paulista.
No disco de MC Tha, o funk aparece numa diluição homeopática. O "Pancadão" é "pancadinha". Mais do q isso, é velho. É um tipo de funk q quase não se ouve mais no Rio (e o fato dela ser paulista talvez explique isso). Rito de Passá me parece mais um disco de assimilação - de uma artista e de todo um gênero - do que realmente uma novidade. Alguém que ouça desavisado poderia achar q é apenas mais uma cantora da Nova MPB. Mas, repito, isso não é necessariamente ruim, só frustrou minhas expectativas... Os pontos altos são a faixa-título, "Onda" (acho Jaloo um artista diferenciado - já fui em dois shows e adoro) e as duas últimas. Mas ainda assim, não tem cara de funk (a batida de "Avisa Lá" me lembrou mais os brega-funk pernambucanos do que os Pancadões cariocas).
Mas é um disco bom.

Nota 7,5 em 10

Minhas impressões gerais sobre "Rito de Passá" são quase idênticas às de Saldanha, mas os meus sentimentos a respeito do album são totalmente diferentes.


Não sou apreciador de funk, logo também não sou grande conhecedor do estilo, acabo ouvindo o que toca em festas e churrasco que é o som mais mainstream e recente da cena. Talvez por conta disso o que soa ultrapassado para Saldanha, a mim soou como novidade poreu ser paulistaeu não ter ouvido algo assim antes.

Realmente houve uma quebra de expectativa em relação à capa e ao nome artístico escolhido na minha primeira audição, mas se pra Saldanha essa quebra foi frustrante, para mim foi positiva, pois esperava um pancadão mais nervoso e mais difícil de ser digerido por mim.
Aliás,pelo contrário: se fosse uma audição às cegas nem diria que é um disco de funk, parece que o funk é só um dos elementos utilizados por uma artista dessa nova MPB com um pé e meio no pop, eu nunca diria que se tratava de alguma interprete usando o título de MC.

Daí fica minha dúvida: se o EP da MC Tha agrada justamente quem não gosta de funk e vê a presença diluída dele como ponto positivo, será que ela não errou mais que acertou?

Bom, eu que não tenho compromisso nenhum com o acerto gostei bastante.

Nota 7,8/10

Não conhecia a moça e fui surpreendido de forma extremamente positiva aqui. Pra mim dos destaques nacionais de 2019. Fiquei preocupado em ser funk mesmo quando vi "Mc Tha" mas o disco é bem ~MPB~ e algumas músicas lembram artistas/bandas baianxs até;

Curti deveras, por isso leva um bonito 8 de 10.

Eu indiquei esse disco e imediatamente depois meu computador estragou.... resultado, não consegui me adaptar aos comentários por aplicativo do celular e foi me distanciando dos comentários semanais desse fórum. Mas, depois de quase 2 meses entre assistências de notebook, tudo parece reestabelecido. Vou fazer um intensivo p ouvir e comentar td... ok foda-se.

Mc Tha é uma descoberta linda por um super acaso. Quando eu ouvi a primeira vez achei algo diferente nas letras e na melodia, mas não consegui identificar e foi isso q me fez indicar o disco. Agora ouvindo e reouvindo diversas vezes talvez o que tenha me marcado seja o obvio a batida de funk (que eu gosto mutcho) com letras que vão mais pra mpb do que pro típico funk carioca de 2019 (que eu acho q tem seu lugar, mas nao faz parte das minhas playlists do cotidiano hahahahaha).

Eu não tinha ouvido nada muito próximo disso antes e por isso é tão bom. Talvez figure entre os top 7 do meu ano ou não


Nota: 9,1/10