Disco 13 - Semana 13 - 28 de Março a 4 de abril de 2018 - Field Music - Open Here

O disco de hoje é indicação do Ricardo Cappellano (q foi pego de surpresa mas indicou de bate-pronto).

Field Music - Open Here

Deezer - http://www.deezer.com/album/54656862?utm_source=deezer&utm_content=album-54656862&utm_term=1503374886_1522257344&utm_medium=web

Spotify - https://open.spotify.com/album/66W9rB7mUNsucnlaXrbEXs?si=owg_HuazTTqK-dS8hdSLIg

Genius - https://genius.com/albums/Field-music/Open-here

The UK art-rock duo’s first album since the shock of Brexit has the earnest directness of artists whose sense of the world has been nudged into focus.

Comentem aí, galera!!!

Esse disco tem um quê de progressivo dos anos 70, quando o Yes tava numa vibe de fazer coisas mais felizes (aliás, que contraste com o da semana passada). Confesso que não conhecia o Field Music, e o rótulo Art Rock me repelia, mas encontrei um disco delicioso com ecos de Bowie, Prince, Beach Boys e Peter Gabriel, sem soar como uma cópia de nenhum deles. É um disco que fiquei feliz de ter ouvido, embora não seja o tipo de música que costumo ir atrás.


Nota 7,5/10

então,

confesso que não sou o maior fã de rock progressivo, mas tem algumas coisas que me agradam.
acho que o termo 'sentimentos mistos' cabe bem nessa audição.
assim, quando o som segue com mais influÊncias dos anos 70 me agrada mais, quando apela pra umas viagens, auqele som meio 'sensorial', pra ser ouvido no escuro (ou meia-luz) e se deixar levar.

já o som que claramente busca mais sintetizadores dos ano 80 não em agrada. parece a banda querendo se adequar à uma linguagem da época, sem se apropriar totalmente dela. como se fosse uma banda dos anos 70 tentando 'mudar' pro anos 80. o resultado me lembra aquele tio que usa gírias novas sem entender direito o contexto (sei bem como funcionam esses tios, muitas vezes eu sou ele).

mais pro final do disco ele me agrada mais, como se a banda encontrasse um equilíbrio entre o uso de instrumentos e sintetizadores e fica mais gostos de ouvir.
as faixas iniciais me agradam mais porque lembram esse lance jethro tull, o meio do álbum nem tanto, e o final termina de forma satisfatória.


em suma, disco bom pra conhecer, mas nada que entre numa playlist

Field Music é dessas bandas que sempre aparecem relacionadas com bandas que eu gosto mas por um motivo ou outro acabado nunca ouvindo. Só conhecia a banda por covers (Suzanne do Cohen e Don't Pass me By dos Beatles).

Vi os comentários sobre progressivo e já dei o play como um curupira, pezinhos virados pra trás e pronto pra sair vazado. graças ao bom deus não consegui ver essas influências (talvez porque não consigo associar progressivo com qualquer sentimento positivo). Algumas faixas me lembraram um joe jackson menos cafona e menos sincero ou um elvis costello medicado, mas no saldo geral me pareceu um universo paralelo em que o Paul (além de ter talento) está mais preocupado em se agradar do que agradar os outros.

Ainda não prestei atenção nas letras mas já digo que estou surpreso com como o disco fluiu gostoso, apesar de meio manso e normal demais pro meu gosto [insira aqui o meme do pingu fazendo cafuné na foquinha e dizendo 'você é fraco, te falta ódio].

Assim como os nobres diplomatas, quando li aqui "rock progressivo" já torci o nariz e considerei até a pular esse álbum.
Mas estamos aqui pra isso né? Ouvir coisas fora da zona de conforto.
Então botei pra rolar e me surpreendi positivamente. Além das referências já citadas acima, me remeteu bastante a muita das poucas coisas que gosto dos anos 80.

Nota 6/10

De volta ao fórum e escavando tópicos velhos... Comentando a minha própria indicação:

Field Music foi uma banda que conheci por acaso, quando ouvia a BBC 6 pra conhecer coisas novas sem ser pela minha bolha de algorítimo. Isso foi lá nos idos de 2011, quando estavam lançando o Plumb.

Eu odeio rótulos como Art Rock e afins, mas acho que isso ajuda a vender de certa forma - apesar de não saber se quem rotula desse jeito é a banda ou os mkts dos sites de stream e discos.

Num geral, esse álbum me agradou mais que o anterior, de 2015~16. Tem algumas músicas que não gosto muito, mas outras que acho bem boas. Isso é comum nos álbuns deles: ter pelo menos duas músicas que eu acho fantásticas e outras bem medianas. Contudo, é o tipo de banda que gosto de ouvir e não me cansa de forma geral.

Eu vejo algumas influências de progressivo, que hoje tem gente que chama de "dream pop", mas aquele progressivo que faz sentido - não a masturbação musical de algumas muitas bandas do gênero. Gosto muito dos arranjos vocais da banda, acho que tem uma identidade legal.

Mas voltando ao álbum, se tivesse que dar nota, seria um 7,5 também. Não é meu favorito deles. Meus destaques iriam para:

Share a Pillow, Open Here, Checking On a Message, Cameraman, Daylight Saving.


PS.: falando nos covers, eles tem um álbum só de versões. Gosto muito da versão para Rent do Petshop Boys.
PS2.: caso alguém tenha interesse, posso montar uma playlist com as minhas favoritas em ordem cronológica.