Disco 57 - Semana 05 - De 30 de janeiro a 6 de fevereiro de 2019 - Hague & White - Eleventh hour

Essa semana temos a estreia do Trindade nas indicações. Falem "oi" pro coleguinha novato, gente!


Hague & White - Eleventh hour


Spotify - https://open.spotify.com/album/1jRc6RfcAfXpIrVOxZPhYv

Deezer - https://www.deezer.com/album/77022732?utm_source=deezer&utm_content=album-77022732&utm_term=1503374886_1548740590&utm_medium=web


Hague & White are Sheffield musicians Chris Hague (guitars, pianos and backing vocals) and Joel White (lead vocals, Hammond organ, Wurlitzer and Rhodes pianos - who also happens to be the cousin of the bard of Sheffield, Richard Hawley) who, between them, have worked with artists including Pulp, Moloko and Finlay Quaye. The band is completed by legendary drummer and percussionist, former Weller sticksman, Steve White. These three very talented musicians have created a self-assured, sophisticated and breathtaking debut album.



Mais uma vez, um disco que eu não encontrei as letras em lugar nenhum. Malditos sejam os hipsters e aquele cachorro intrometido!

Não se esqueçam de indicar discos! Nossa lista já tá chegando à metade de março! E podem mandar discos velhos também! De 31 de dezembro de 2018 pra trás tá valendo!

Álbum muito bom, apesar de sentir uma desconexão da musicalidade com a letra.

Se não se prestar atenção nas palavras passa-se como algo alegre e descontraído. Como eu estava lendo e fazendo outras coisas, tive essa impressão. Por breves momentos parava para entender o que ouvia e ficava triste.

Não uma tristeza ruim, mas esse paradoxo me envolveu durante a audição. E eu achei bom.

Enviado pelo Topic'it

Acho que seria extremamente difícil de saber quando que esse álbum saiu só ouvindo ele. Instrumentais e vocais consistentes resgatam a vibe pop rock/jazz bem anos 60 com uma mistura de guitarra, bateria e orgão (um instrumento que geralmente é muito mal utilizado). Lembra bastante Charles Bradley e Michael Kiwanuka nesse sentido.

Ótimo álbum de estreia que de cara já possui uma musicalidade bem elaborado vejo um grande potencial se diferenciarem ainda mais no futuro (e espero que o pianista consiga mandar melhor no solo daqui pra frente, aquele em "Just Be True" foi meio xoxo)

8/10

O Reino Unido tem uma longa linhagem de cantores brancos que "fingem que são"/imitam artistas negros. Isso vem de Joe Cocker, passa por Eric Clapton e chega em The Commitments. Alguns desses fazem de forma digna, outros nem tanto. Acho q nesse quesito Hague & White até passa de forma honrosa.
Além disso, o retrô é o novo moderno. A gente vai pra night e vê uns meninos de 20 anos que parecem até usar maquiagem pra ganhar um tom sépia e ficar com mais cara de saído de um álbum de fotografias dos tios dos anos 70.
Isso tudo colocado, Eleventh Hour é um álbum de soul tão "correto" (no q essa expressão tem de pior) que só pode ser feito por brancos, é tão anos 70 q só pode ter sido gravado em nossos tempos. Longe de ser um álbum detestável, pelo contrário. É um disco gostoso de ouvir, mas é inofensivo. Não desperta paixões, e isso sim eu acho q é um grande pecado. Ouvi uma vez e gostei. Ouvi a segunda e gostei menos. Na terceira, já comecei a pular as músicas no meio...
Não é pra jogar tudo fora, mas espero que eles evoluam nos próximos trabalhos.

Nota 7 em 10.

El Rafo Saldanha escreveu:O Reino Unido tem uma longa linhagem de cantores brancos que "fingem que são"/imitam artistas negros. Isso vem de Joe Cocker, passa por Eric Clapton e chega em The Commitments. Alguns desses fazem de forma digna, outros nem tanto. Acho q nesse quesito Hague & White até passa de forma honrosa.
Além disso, o retrô é o novo moderno. A gente vai pra night e vê uns meninos de 20 anos que parecem até usar maquiagem pra ganhar um tom sépia e ficar com mais cara de saído de um álbum de fotografias dos tios dos anos 70.
Isso tudo colocado, Eleventh Hour é um álbum de soul tão "correto" (no q essa expressão tem de pior) que só pode ser feito por brancos, é tão anos 70 q só pode ter sido gravado em nossos tempos. Longe de ser um álbum detestável, pelo contrário. É um disco gostoso de ouvir, mas é inofensivo. Não desperta paixões, e isso sim eu acho q é um grande pecado. Ouvi uma vez e gostei. Ouvi a segunda e gostei menos. Na terceira, já comecei a pular as músicas no meio...
Não é pra jogar tudo fora, mas espero que eles evoluam nos próximos trabalhos.

Nota 7 em 10.

falar o que depois de uma análise dessas,

eu só posso concordar e concordar e concordar. a primeira faixa me lembrou joe cocker, depois ficou meio leve e melancólico e gostoso de ouvir, mas na terceira audição já tava menos bacana de ouvir. acho que seria um álbum melhor se só tivesse ouvido uma vez (ou se não tivesse lido saldanha, maldito seja ele e esse cachorro intrometido)

a única coisa em que discordo do el rafo é na nota, pra mim é um honroso nota 6

é isso
groucho

Tem algumas indicações aqui do fórum que eu não consigo ter qualquer tipo de conexão nas primeiras audições, tenho que ouvir 5 ou 6 vezes pra tentar achar algo para comentar e alimentar meu TOC de resenhar todos os discos ( menos na semana 9, mas ainda me verei com ela não a esqueci).

Esse foi exatamente o caso de Eleventh hour. É ruim? Não? É bom? Também não achei no máximo "bonzinho", mas tirando o vocalista, que gostei, nada que me chamasse a atenção.
Mesmo não sendo grande conhecedor do estilo, nem notei que era um disco de soul (é?) até ler a critica de Saldanha.

Um seizão de dez-da-massa pra ele

* semana 14
Semana 9 fui eu que indiquei!
TOU BEUBADO

Leite79 escreveu:* semana 14
Semana 9 fui eu que indiquei!
TOU BEUBADO

atitude correta para resenhar discos nesse fórum

El Rafo Saldanha escreveu:O Reino Unido tem uma longa linhagem de cantores brancos que "fingem que são"/imitam artistas negros.

E eu não diria "imitar" mas se inspirar fortemente, mas isso praticamente todos os artistas brancos do planeta fazem....

Caetano, Chico, Jobim, João Gilberto, Nara Leão,, Beatles, Rolling Stones, Elvis, Eminem, Creedence Clearwater Revival, Bee Gees e isso vai ao infinito. Começou a tocar um sax ou guitarra pra mim vc já ta fazendo musica "negra" ou com raízes negras.

Trindade escreveu:
E eu não diria "imitar" mas se inspirar fortemente, mas isso praticamente todos os artistas brancos do planeta fazem....

Caetano, Chico, Jobim, João Gilberto, Nara Leão,, Beatles, Rolling Stones, Elvis, Eminem, Creedence Clearwater Revival, Bee Gees e isso vai ao infinito. Começou a tocar um sax ou  guitarra pra mim vc já ta fazendo musica "negra" ou com raízes negras.

Olha, eu discordo. Beatles é um som bem branco. Jobim é quase europeu de tão branco. Mas o lance do inglês é uma coisa de mimese mesmo... Tipo aqueles personagens brancos de comédia estudantil americana q começam a usar gírias como "tá ligado!" pra parecer "from the hood"

PS> Eu sei q não foi isso q vc disse, mas essa coisa de falar q "rock´n roll é um ritmo negro q foi apropriado pelos brancos" é uma falácia. Não podemos ignorar as raízes negras do rock (Blues e Jazz), mas isso é só metade da história. Sem o Bluegrass, o country, a música de celeiro branca, não teríamos rock´n roll (recomendo esse livro aqui: https://www.amazon.com/Country-Twisted-Roots-Rock-Roll/dp/0306807130 )... Tipo, o rock já nasce da mistura... Enfim, isso tava entalado ahhahaha

Opa, parece um ótimo livro. Entrou aqui a minha lista.

O Beatles coloquei ali pelo começo da carreira onde eram muito influenciados por Chuck Berry e fizeram vários covers.https://www.youtube.com/watch?v=tlB1-ptRuSU
https://www.youtube.com/watch?v=PVU915pM3f4

O Jobim teve formação em música erudita, dominada pela tradição europeia, mas é inegável que uniu isso com a música popular da época como Caymmi, Cartola, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres...

Mas é isso, acabei desviando do assunto principal novamente, mil desculpas kkkkk

Nota: 7/10

Sem querer ofender os nobres amigos do fórum e, antes de mais nada dizendo que sim, gostei do disco, esse á uma coletânia de músicas de coroa. Bem cara de canções de tiozão ou do seu pai domingo a tarde ouvindo um som e tomando uma ITAIPAVA e enrolando pra, finalmente, almoçar.

Nota 6 de 10.

É o lenny kravitz, se o lenny kravitz fosse branco e virgem aos 40 anos de idade.

3/10

Eu fiz um texto enorme e cheio de coisas legais pra falar desse álbum, mas o fórum comeu e eu fiquei puto e desisti de comentar o disco. Isso foi mês passado. Mas pensei melhor e venho aqui tentar resumir o que eu tentei dizer naquele dia.

Então, não li como um álbum de soul - apesar de estar classificado assim - e o vocal me remeteu a um lance setentista de "brancos tentando cantar como negros" diferente do que o que vocês lembraram: pra mim me lembrou muito o heavy metal setentista (que também é gente branca tentando soar de outro jeito) de bandas como o Uriah Heep, por exemplo.

Também queria destacar o teclado. Os arranjos são muito bons e interessantes e eu lamentei muito não terem mais destaque ou não ficarem mais soltos dentro das faixas para alguns bons exageros. Senti falta dum hammondzão tocando ou mesmo um mellotron.

No final, a nota sai um belo 7 de 10.

Já disseram tudo que precisa ser dito. É um álbum "inofensivo" como Saldanha disse (não sei se fica ruim na terceira ouvida, não cheguei lá ainda), mas achei bom sim. Bom para ouvir de fundo enquanto trabalha.
Aliás, outro dia estava conversando com meu irmão (que se inscreveu no fórum ontem, glorifica de pé igreja) que existem discos bons para ouvir trabalhando e discos ruins para ouvir trabalhando, sendo que isso pouco tem a ver com a qualidade do álbum per se: um disco RUIM pode ser BOM PARA OUVIR TRABALHANDO e um disco BOM pode ser RUIM PARA OUVIR TRABALHANDO.

Curti demais para trabalhar/dirigir/backgrounds em geral.
Bem feito, divertido e animado na medida certa.

8/10

Enviado pelo Topic'it