Disco 86 - Semana 34 - De 21 a 28 de agosto de 2019 - Karina Buhr - Desmanche

Hoje completam 30 anos da morte de Raul Seixas, e - mais importante - 79 anos da morte de Leon Trotski. 
“Ela virá, a revolução conquistará a todos o direito não somente ao pão mas, também, à poesia.” 
O disco da semana é do meu parceiro de Radiola Torresmo Drops, senhor ramonprates.

Karina Buhr - Desmanche


Spotify - https://open.spotify.com/album/5uRNYCfvUKeBtRc6OHEkbB?autoplay=true&v=L

Deezer - https://www.deezer.com/album/104691682?utm_source=deezer&utm_content=album-104691682&utm_term=1503374886_1566436058&utm_medium=web

YouTube - https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_mF1CmInj0jlI9JBJxTbV01oZxNrN3dUlg

Genius - https://genius.com/albums/Karina-buhr/Desmanche

A baiana Karina Buhr lançou nesta sexta-feira (26) o álbum “Desmanche”. A obra retoma o ritmo de percussão do início da carreira da artista, que ela definiu como “punk rock de tambor”. Karina traz essa musicalidade leve como um contraponto ao tema político abordado no disco. A inspiração para o álbum são notícias sobre o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo, que foram fuzilados por homens do Exército com mais de 80 disparos em maio deste ano.

A cantora se formou musicalmente no maracatu Estrela Brilhante do Recife, onde cresceu, e no grupo Comadre Fulozinha. Agora redescobre esse estilo trazendo instrumentos típicos do maracatu, coco e afoxé, como ganzá, bombo, tarol e pandeiro, associados a guitarra, baixo e batidas eletrônicas, deixando de lado a bateria, presente em seus outros trabalhos.

“DESMANCHE”, DE KARINA BUHR, CHEGA NAS PLATAFORMAS DIGITAIS E MARCA A NOVA FASE MUSICAL DA ARTISTA
29 DE JULHO DE 2019 NOTÍCIAS

A baiana Karina Buhr lançou nesta sexta-feira (26) o álbum “Desmanche”. A obra retoma o ritmo de percussão do início da carreira da artista, que ela definiu como “punk rock de tambor”. Karina traz essa musicalidade leve como um contraponto ao tema político abordado no disco. A inspiração para o álbum são notícias sobre o músico Evaldo Rosa dos Santos e o catador Luciano Macedo, que foram fuzilados por homens do Exército com mais de 80 disparos em maio deste ano.

A cantora se formou musicalmente no maracatu Estrela Brilhante do Recife, onde cresceu, e no grupo Comadre Fulozinha. Agora redescobre esse estilo trazendo instrumentos típicos do maracatu, coco e afoxé, como ganzá, bombo, tarol e pandeiro, associados a guitarra, baixo e batidas eletrônicas, deixando de lado a bateria, presente em seus outros trabalhos.

Karina, em parceria com Regis Damasceno, assina a produção de seu novo trabalho. A artista também foi a compositora de todas as letras e músicas, com exceção da faixa “Filme de terror”, uma parceria com o rapper Max B.O. A canção “Vida boa é a do atrasado” conta com a voz da cantora pernambucana Isaar e foi gravada ao som de tambores.



Achei umas 2 ou 3 matérias que começavam mencionando o fato dela ser baiana, apesar de ter saído de Salvador aos 8 anos e não ter praticamente NADA de bainidade na música dela... Acho que o bairrismo da Pocilga é contagioso...

COLOQUEM O NOME NA LISTA, INFELIZES!

A Karina Buhr é um dos nomes mais interessantes dessa geração atual. No manguebeat, era de uma corrente mais "folclorista" do movimento, que sempre me agradou bastante (a quem eu quero enganar? Essas duas primeiras fases do Manguebeat eu gosto de tudo). O único disco do Cumadre Fulozinha (que saiu como Comadre Florzinha - uma tradução idiota pro "sudestês") é uma pérola pouco conhecida da música brasileira. A carreira solo dela vem numa crescente, e eu achava que "Selvática" seria o auge, mas "Desmanche" mantem o nível lá no alto. 

O disco tem uma energia que é imediata: "O tempo tá matador!" e a tamborzada... Ele vai oscilando entre músicas mais calmas e rápidas, se equilibrando entre o eletrônico e o orgânico. É um disco que me dá vontade de ouvir mais e mais.  

Nota 8 em 10

Fui ouvir amarradão por conta da parte do release que dizia " A obra retoma o ritmo de percussão do início da carreira da artista, que ela definiu como “punk rock de tambor” porque não tinha gostado muito do disco anterior e esse retorno aos primeiros trabalhos parecia promissor.

Ao escutar a primeira faixa Sangue Frio pareceu que a a promessa iria se concretizar, mas a faixa seguinte "Amora" nocauteou minhas expectativas. Não por dela ser ruim, pelo contrário é bem boa, mas esperava uma pegada rítmica e um tom mais pesado para o disco, talvez se não tivesse ido com essa expectativa teria gostado mais de Desmanche.

Em contrapartida em algumas das audições o disco anterior, Selvática, entrou na reprodução automática e ao reouvi-lo gostei bastante, só por corrigir esse meu erro histórico vou dar meio ponto a mais, mas a verdade é que o álbum não bateu para mim.

Talvez eu vá gostar dele só ao ouvir um futuro trabalho da Karina Buhr.


Nota 7,5/10

Já fui pra alguns shows de Karina Buhr aqui em Salvador e me espantei com esse álbum, achei as músicas bem 'normais' comparadas ao que via nos shows dela. Adorei seus shows e, mesmo achando um pouco diferente do que vi nos shows, adorei esse album também. Ouvi algumas vezes essa semana e adicionei 2 músicas dele na minha playlist de melhores do ano.

Nota 8.5 de 10.

Quando eu vim pra JF há quase 3 anos, 'Selvática' era um dos álbuns que eu mais ouvia e por isso penso que ele tenha uma carga afetiva muito grande pra mim. Quando vi que ela tinha lançado um álbum esse ano fiquei animado pra ouvir, mas sem expectativas dele ser ''superior'' ao álbum de 2015. No entanto, eu tô muito envolvido com algumas letras e com as batidas de várias músicas. O que essa mulher faz com as palavras não tá no gibi, adoro esses jogos com sonoridade que ela faz como pouquissimas pessoas que eu já acessei. Mesmo as que são menos punk, são incrivelmente boas.

Vi em algum lugar que comentava sobre o álbum um adjetivo que eu penso ser definidor desse trabalho e da Karina de forma geral: fulminante


Nota: 9/10

Ótima produção, com baixo e percussão marcantes. Boas letras, combativas e trabalhadas, mas certos refrões (Sangue Frio, A Casa Caiu, Lama) são um tanto irritantes.

Eu nem sabia que ela tinha nascido em Salvador kkk