Disco 53 - Semana 01 - De 2 a 9 de janeiro de 2019 - Sasha Grey as Wife - Ashtar Sheran III: Luz

Na primeira semana é meio difícil conseguir alguma coisa do ano para indicar. Para nossa sorte, sempre tem uns fominhas que lançam disco no dia 1, e esse é o caso da indicação de hoje. Por um acaso, é de um artista que conheço (mas não vai contar como indicação minha não! Vamos ouvir juntos!)


Sasha Grey as Wife - Ashtar Sheran III: Luz


Spotify - https://open.spotify.com/album/5rEPBcr090Bx3qRpa1JSNg?si=vp5vifp0QcGvAFk7vgSDKQ

Deezer - https://www.deezer.com/album/82903732?utm_source=deezer&utm_content=album-82903732&utm_term=1503374886_1546371876&utm_medium=web

YouTube - https://youtu.be/j7btwXXsazk


O produtor musical e Youtuber Júlio Victor é também uma banda de um homem só. Sasha Grey As Wife é o resultado do trabalho integral de Júlio. É ele quem comanda tudo desde a composição, produção e gravação até os processos de mixagem e masterização. Quando vai para os palcos, continua sua saga solitária, dominando o show sozinho, com guitarra e voz executados ao vivo e com trilhas pré-gravadas para compor o restante da sonoridade.




Feliz ano novo e já estou aberto para receber discos de 2019. VALENDO!!!!!

Quando vi Saldanha já se eximindo da indicação já percebi que vinha problema, e esse disco realmente não é pra mim.

Apenas estando em estados alterados da mente (Titanomaquia, 1993) é possível entrar nessa vibe.

Nota 4 de 10

Curti a viagem. Gostei dessa quebra que eles fazem por vezes nas músicas, me lembrou outro álbum viajandao (de jazz) que ouvi a um tempo chamado Mehliana: Taming the Dragon do Brad Mehldau e Mark Guiliana.

Só achei meio "preachy" (não achei uma palavra em português para isso), tipo aquele cara que "achou a iluminação" e se acha melhor que vc por isso.

O álbum é... bom, mas não é o que eu espero num álbum de música, pelo menos. Acho que não é o que ninguém espera, na verdade, mas acho também que essa era a ideia do cara.

Os experimentalismos me lembram muito uma coisa meio setentista-meio mutantes enquanto que o papo Nova Era me lembra a fase racional do Tim com pitadas de psicodelia regadas a chá de fita e benflogin.

Alguns discursos são até, surpreendentemente, muito bons, como o trecho do "pastor com sotaque" na última faixa - "Luz" - mas não é muito o que eu espero quando eu vou ouvir um álbum de música né. Se eu quisesse ouvir um podcast eu iria e pegaria um pra ouvir.

(aliás, ótima ideia de podcast seria um que registrasse pregações no interior do Brasil. Fikdik pros etnólogos por aí)

Essa faixa, aliás, apesar de GIGANTE meio que me chamou a atenção e me devolveu pro álbum, pois nessa altura eu já estava francamente um tanto cansado. Mas acabei curtindo, sobretudo pelas influências de metal extremo, nos blast beats, etc.

Por fim, dei uma bizoiada nas outras coisas do projeto e o primeirão dele, "Pupil/Pupils", é melhor e não tem essa patasquada toda de "Ashtar Sheran e seu Turbante Magnético".

Quando eu disse que não era indicação minha, não estava fazendo um depoimento negativo contra o álbum, só estava evidenciando que Sasha Grey as Wife não é algo que eu indicaria normalmente. Isso não significa que o disco é ruim, pelo contrário, mas sei q é um disco... difícil.

Quando eu tive uma banda (muitos não sabem desse fato), uma das piras que a gente tinha era essa coisa de "prosa musicada", com leitura de textos por cima de um instrumental meio repetitivo (nossa inspiração eram as leituras dos contos do E.A. Poe - https://youtu.be/bansJgYiOXY ). É claro que ficava uma bosta, pq éramos péssimos músicos e eu sou um péssimo declamador, mas o conceito era mais ou menos o mesmo que o Sasha Grey as Wife está explorando.

Os textos são meio "pregadores" ("preachy" nesse sentido?) mesmo, mas aí tem que levar em consideração o título da série. Ashtar Sheran é uma figura da ufologia mística que controlaria uma armada galática, estaria em contato com Jesus Cristo e mandaria mensagens telepáticas para alguns médiuns.

Enfim, não é um disco pra ser ouvido várias vezes, é meio que uma experiência sonora. Nesse sentido, tem alguma conexão com o disco do David Bruno que postei no ano passado, embora a sonoridade seja diferente.

Nota 7 em 10 (O melhor da série segue sendo o primeiro, "Ashtar Sheran: Terra"

PS: Peguei pra ouvir o Mehliana: Taming the Dragon e curti. Valeu a dica, Trindade.

Reli a mensagem e pareceu que eu gostei do álbum. Então, não gostei não. Eu não sei o que digo. Quer dizer, é um álbum até bom, mas eu preferiria estar ouvindo outra coisa.

Aliás, era pra dar nota? Se sim:

Nota: 7/10

Tô com Marcio, esse disco não é para mim, não tenho capacidade cerebral nem conhecimento musical para apreciá-lo. Esses troços experimentais são muito mais a cara de Saldanha, sempre falo que o álbum perfeito para ele seria algo como System of a Down tocando covers de Yoko Ono só com instrumentos de sopro.

Bom, eu curti a parte viajandona dos instrumentais, por esse aspecto, seria um ótimo som ambiente pra se 'ouvir enquanto escreve'
as partes declamadas são até bem legais, mas tem um problema de timing, acho que se alongam demais, serviriam melhor como vinhetas para a parte instrumental, ao menos me agradaria mais.
é mais por conta dessas partes que não ouviria de novo, só a parte mais instrumental me faria ter mais apreço por essa música
mas, enfim, começamos 2019 e esse disco certamente é das notícias mais suaves a que tive acesso essa semana.

nota 6 de 10
é isso
groucho

Gostei da parte instrumental do álbum, deu pra viajar bastante, porém a parte de pregação simplesmente não me desceu, mas é aquilo, talvez eu não seja "iluminado" o bastante pra conseguir entender a mensagem, enfim, também não é pra mim.

Nota 5/10

Eu curti a viagem desse álbum, mas concordo com os comentários que ele vale mais pelo experimento do sonoro do que pela música em si. Em alguns momentos me lembrou as passagens musicais mais viajandonas do Radiohead.
Devo revisitá-lo mais algumas vezes, de preferência com a mente em estado alterado.
6/10

Este disco me alcançaria em um estado alterado. Como eu ouvi enquanto me locomovia, só consegui prestar atenção ao instrumental que e bom.
A pregação por conta do motivo acima me passou despercebida.

Não acho que ouvorei ele no decorrer do ano, mas fica como "ah, eu escutei isso aí em janeiro e eu 'preciso' reouvir".
Nota: 6/10 iluminados transcendentes

Enviado pelo Topic'it

Eu gostei de alguns sons, mas em geral achei o resultado bem irregular.
A ideia de misturar "falas" com músicas funciona em poucos momentos.
Me lembrei daquele disco horroroso do Metallica com Lou Reed "falando", mas aqui achei o resultado menos pior.

Nota: 6,5

Adoro música falada e admiro essa tentativa de post-rock brasileiro (mas brasileiro não sabe fazer rock, quem dirá post-rock). Me lembrou um pouco algumas coisas do Godspeed You! Black Emperor até. Valeu a experiência, provavelmente não vou ouvir de novo, mas me incomodou do jeito certo. Fiquei curioso pra ver ao vivo.
7/10

Essa é a primeira vez que eu participo, então primeiramente quero agradecer ao Saldanha pelo convite.
Eu andava há anos em uma vibe de velho, achando que nada de novo valia a pena e eu me bastava em ouvir o que eu sempre ouvi.
Mas que grata surpresa foi esse fórum e especialmente esse disco. Concordo com algumas coisas que vocês colocaram, mas não achei tão “preachy”, achei mais “food for thought”,
As partes instrumentais as vezes me incomodavam porque eu estava em plena reflexão e surgiam umas guitarras enlouquecidas, mas no geral curti muito. Vou aprofundar com a sugestão do Saldanha do outro disco deles e tentar manter a participação no fórum o mais regular possível. Vlw!

Enviado pelo Topic'it