Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
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Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
Dessa vez, quem indica o disco sou eu de novo:
MC Xuxú - Senzala
Spotify - https://open.spotify.com/album/00cqkIRtnTRFfcVAW1Fwqh?si=NWGa80PlSTyZ73144K2TAQ
Deezer - http://www.deezer.com/album/55443102?utm_source=deezer&utm_content=album-55443102&utm_term=1503374886_1517413239&utm_medium=web
(Como não tem verbete na wikipedia, colo os 3 primeiros parágrafos da notícia que saiu NO SITE DO PSTU).
Reconhecida pela comunidade LGBTT e sucesso na internet, MC Xuxú lançou nesse dia 29 seu primeiro álbum intitulado Senzala. O disco é de um relato vivo da realidade das mulheres negras e trans que lutam, cotidianamente, para sobreviver e ter a autoestima reconstruída. Daí o nome Senzala, uma referência direta à herança colonial e à dura realidade da população negra no Brasil. “Resistência é isso, sobreviver”, diz a MC em uma das faixas
Depois dos sucessos “Um beijo” e “Bonde das travestis”, o álbum marca um momento mais consciente e politizado da cantora. “Um disco todo dedicado a pessoas trans da periferia, negras e negros, que me representam e que eu tenho a missão de representa-los”, afirma Xuxú. Isso, no entanto, não significa que seja um trabalho panfletário. Em algumas letras, a transfobia e a opressão são tratadas com deboche, o que ajuda a conciliar a denúncia da violência com a descontração do ritmo.
A data escolhida para o lançamento também não foi ao acaso. Dia 29 de janeiro é Dia da Visibilidade Trans no Brasil. Com dez faixas, o álbum traz influências do rap e do jazz, adicionando novos instrumentos ao tradicional pancadão do funk. O disco ainda tem participação de outros nomes da música trans, como Mulher Pepita e Danny Bond, rappers e percussionistas de tambores folclóricos mineiros.
IMAGINEI O CAMARADA ZÉ MARIA BALANÇANDO A RABA! COMENTEM AÍ!
MC Xuxú - Senzala
Spotify - https://open.spotify.com/album/00cqkIRtnTRFfcVAW1Fwqh?si=NWGa80PlSTyZ73144K2TAQ
Deezer - http://www.deezer.com/album/55443102?utm_source=deezer&utm_content=album-55443102&utm_term=1503374886_1517413239&utm_medium=web
(Como não tem verbete na wikipedia, colo os 3 primeiros parágrafos da notícia que saiu NO SITE DO PSTU).
Reconhecida pela comunidade LGBTT e sucesso na internet, MC Xuxú lançou nesse dia 29 seu primeiro álbum intitulado Senzala. O disco é de um relato vivo da realidade das mulheres negras e trans que lutam, cotidianamente, para sobreviver e ter a autoestima reconstruída. Daí o nome Senzala, uma referência direta à herança colonial e à dura realidade da população negra no Brasil. “Resistência é isso, sobreviver”, diz a MC em uma das faixas
Depois dos sucessos “Um beijo” e “Bonde das travestis”, o álbum marca um momento mais consciente e politizado da cantora. “Um disco todo dedicado a pessoas trans da periferia, negras e negros, que me representam e que eu tenho a missão de representa-los”, afirma Xuxú. Isso, no entanto, não significa que seja um trabalho panfletário. Em algumas letras, a transfobia e a opressão são tratadas com deboche, o que ajuda a conciliar a denúncia da violência com a descontração do ritmo.
A data escolhida para o lançamento também não foi ao acaso. Dia 29 de janeiro é Dia da Visibilidade Trans no Brasil. Com dez faixas, o álbum traz influências do rap e do jazz, adicionando novos instrumentos ao tradicional pancadão do funk. O disco ainda tem participação de outros nomes da música trans, como Mulher Pepita e Danny Bond, rappers e percussionistas de tambores folclóricos mineiros.
IMAGINEI O CAMARADA ZÉ MARIA BALANÇANDO A RABA! COMENTEM AÍ!
Última edição por El Rafo Saldanha em Qua Jul 24, 2019 3:17 pm, editado 1 vez(es)
Re: Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
Um álbum de uma vertente totalmente diferente do que eu to acostumado a ouvir.
Bom, sendo assim vamos por partes...
Eu não consigo analisar este disco sem separá-lo em 2 pontos: Militância e Musicalidade (não sou nenhum entendedor deste segundo ponto, mas foda-se. já to cagando regra aqui mesmo)
No primeiro ponto me irritou bastante a questão de militância no disco pq não encaixa com nenhuma música. Fora que ele prega uma militância com o uso do corpo como objeto, tem até uma música, acho que a 3 ou 4 faixa que fala: ou me assume ou me pague. Pessoas Trans estão contentes de terem na militância alguém que as coloca como prostitutas?? Enfim, pra militância eu dou nota 3/10. (lembrando que sou homem hetero e posso tá vomitando asneiras)...
Agora sobre a musicalidade do álbum, quando a melodia é um pouco melhor desenvolvida e a letra um pouquinho melhor trabalhada o album fica bom. Dá vontade de continuar ouvindo, e isso eu só consegui na primeira faixa e nas 2 últimas do disco. todo o recheio, aquela meiuca do album parece eu fazendo música no virtual DJ. Nota: 5/10
No geral, juntando os dois pontos, eu não gostei do album e daria uma nota 4 pra obra.
Bom, sendo assim vamos por partes...
Eu não consigo analisar este disco sem separá-lo em 2 pontos: Militância e Musicalidade (não sou nenhum entendedor deste segundo ponto, mas foda-se. já to cagando regra aqui mesmo)
No primeiro ponto me irritou bastante a questão de militância no disco pq não encaixa com nenhuma música. Fora que ele prega uma militância com o uso do corpo como objeto, tem até uma música, acho que a 3 ou 4 faixa que fala: ou me assume ou me pague. Pessoas Trans estão contentes de terem na militância alguém que as coloca como prostitutas?? Enfim, pra militância eu dou nota 3/10. (lembrando que sou homem hetero e posso tá vomitando asneiras)...
Agora sobre a musicalidade do álbum, quando a melodia é um pouco melhor desenvolvida e a letra um pouquinho melhor trabalhada o album fica bom. Dá vontade de continuar ouvindo, e isso eu só consegui na primeira faixa e nas 2 últimas do disco. todo o recheio, aquela meiuca do album parece eu fazendo música no virtual DJ. Nota: 5/10
No geral, juntando os dois pontos, eu não gostei do album e daria uma nota 4 pra obra.
prazerfelipe- Mensagens : 18
Data de inscrição : 03/01/2018
Re: Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
Eu não queria ser o primeiro a comentar pq fui eu quem indicou o disco.
A Xuxu é de Juiz de Fora, então conheço a trajetória dela há miliano. Ela começou com uma pegada um pouco mais rap (https://youtu.be/ygQ6ZnboEFU) e foi partindo pra uma pegada mais funk pop (https://youtu.be/TZbyVY9slRo).
Musicalmente ela é bem qualquer nota. É meio derivativo, muitas bases reaproveitadas e tal. Mas a questão da militância dela é sólida e fundamentada (o q é um problema no disco, mas falo disso daqui a pouco). O uso do corpo como objeto e a prostituição como realidade só são excludentes pra essa militância carola da internet. A militância trans tem muitos pontos de toque com a militância das profissionais do sexo (e ambas apanham das "feministas frozen" por causa disso). No quesito "militância", esse é um disco 10/10 (e foi por isso que coloquei ele aqui).
O problema - além da pobreza das bases - é que ela fala de assuntos muito pesados, de forma muito séria... E isso não combina com batida do funk q ela faz... Como artista, precisa ainda de um produtor pra pegar e trabalhar direitinho com ela.
A nota do disco pra mim é 5/10, mas é um daqueles discos q é importante a gente ouvir, mesmo que não sejam tão bons.
A Xuxu é de Juiz de Fora, então conheço a trajetória dela há miliano. Ela começou com uma pegada um pouco mais rap (https://youtu.be/ygQ6ZnboEFU) e foi partindo pra uma pegada mais funk pop (https://youtu.be/TZbyVY9slRo).
Musicalmente ela é bem qualquer nota. É meio derivativo, muitas bases reaproveitadas e tal. Mas a questão da militância dela é sólida e fundamentada (o q é um problema no disco, mas falo disso daqui a pouco). O uso do corpo como objeto e a prostituição como realidade só são excludentes pra essa militância carola da internet. A militância trans tem muitos pontos de toque com a militância das profissionais do sexo (e ambas apanham das "feministas frozen" por causa disso). No quesito "militância", esse é um disco 10/10 (e foi por isso que coloquei ele aqui).
O problema - além da pobreza das bases - é que ela fala de assuntos muito pesados, de forma muito séria... E isso não combina com batida do funk q ela faz... Como artista, precisa ainda de um produtor pra pegar e trabalhar direitinho com ela.
A nota do disco pra mim é 5/10, mas é um daqueles discos q é importante a gente ouvir, mesmo que não sejam tão bons.
Re: Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
Funk também não é minha praia, aprendi a respeitar e ver a importância dele, mas ainda estou longe de pegar algo do estilo pra ouvir sozinho no fone. Claro que nas festas com algumas cervejas na cabeça vou até o chão (chão, chão-chã-chão-ão) já que "quando toca ninguém fica parado" e comigo não seria diferente .
Então quando indicaram Senzala da MC Xuxú de cara imaginei que seria o mais difícil de avaliar/gostar e que se houvesse alguma afinidade estaria mais ligado ao discurso político do que a música em sim.
Mas fui positivamente surpreendido, talvez até por conhecer superficialmente o estilo e meio que associar funk aos pancadões todos muitos parecidos que tocam em todas as esquinas aqui do Tucanistão.
Por falta de conhecimento não vi os clichês musicais que Saldanha citou, notei até uma certa complexidade em algumas músicas. Gostei do vocal mais pra rap (que é um estilo que gosto, talvez aí o maior motiva de ter gostado do álbum) e na maioria das letras achei que a MC Xuxú contou bem a realidade equilibrando bem o bom humor e tiradas espertas com as agruras do dia a dia e não achei que destoou da base musical.
Não vi essa incongruência de discurso político, acho que juízo de valor à parte retrata a realidade que ela conhece, o fato de falar abertamente da exploração do próprio corpo não depões contra a luta por visibilidade e melhores condições.
Gostei bastante das faixas Senzala, Vingancinha e O Clã 2.0. Essa última me perguntei: "como foi que não escutei essa música antes, deve ser um hino das baladas descoladas?"
Foi só depois que lembrei que não vou em baladas descoladas...
Nota: 6,5/10
Então quando indicaram Senzala da MC Xuxú de cara imaginei que seria o mais difícil de avaliar/gostar e que se houvesse alguma afinidade estaria mais ligado ao discurso político do que a música em sim.
Mas fui positivamente surpreendido, talvez até por conhecer superficialmente o estilo e meio que associar funk aos pancadões todos muitos parecidos que tocam em todas as esquinas aqui do Tucanistão.
Por falta de conhecimento não vi os clichês musicais que Saldanha citou, notei até uma certa complexidade em algumas músicas. Gostei do vocal mais pra rap (que é um estilo que gosto, talvez aí o maior motiva de ter gostado do álbum) e na maioria das letras achei que a MC Xuxú contou bem a realidade equilibrando bem o bom humor e tiradas espertas com as agruras do dia a dia e não achei que destoou da base musical.
Não vi essa incongruência de discurso político, acho que juízo de valor à parte retrata a realidade que ela conhece, o fato de falar abertamente da exploração do próprio corpo não depões contra a luta por visibilidade e melhores condições.
Gostei bastante das faixas Senzala, Vingancinha e O Clã 2.0. Essa última me perguntei: "como foi que não escutei essa música antes, deve ser um hino das baladas descoladas?"
Foi só depois que lembrei que não vou em baladas descoladas...
Nota: 6,5/10
Leitte79- Mensagens : 282
Data de inscrição : 04/01/2018
Re: Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
Bom, como todo mundo já falou bastante vou ser mais direto:
Não gosto do estilo musical e achei que vale mais pela militância/protesto do que como música. Por já não ser muito chegado ao funk fica complicado até comentar, mas eu só gostei um pouco da primeira música (Senzala)
Nota 3/10
Não gosto do estilo musical e achei que vale mais pela militância/protesto do que como música. Por já não ser muito chegado ao funk fica complicado até comentar, mas eu só gostei um pouco da primeira música (Senzala)
Nota 3/10
marciosmelo- Mensagens : 146
Data de inscrição : 04/01/2018
Re: Disco 5 - Semana 5 - 2018 - MC Xuxú - Senzala
Concordo com quase tudo que foi dito, acho importante a militância, o resultado achei com cara de demo. Nas impressões mais pessoais confesso que já broxei na primeira faixa tentando entender porque até a menina trans é amaldiçoada com a voz de Anna Carolina que toda cantora da cidade tem. Continuei ouvindo pela obrigação coletiva, mas achei as letras fracas e que ela canta com um distanciamento meio estranho pra um negócio tão obviamente autobiográfico. Senti um pouco de constrangimento ouvindo, parece que o tempo todo faltou um amigo honesto pra falar 'vamo trabalhar mais um pouquinho aqui'. A que eu mais gostei foi O Clã 2.0, não chega a ser boa mas já ouvi gritos de guerra muito piores nas stories do instagram. Não conheço essa fase rap dela que o saldanha comentou, fiquei curioso. Espero que nas próximas ela encontre um caminho legal, queria muito ter gostado. Achei que ficou num meio termo entre querer fazer sucesso no rádio ou nas rodinhas do DCE.
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