Disco 92 - Semana 40 - De 2 a 9 de outubro de 2019 - Adam Green - Engine of Paradise

Só faltam 90 dias, o ano está acabando. Já começa a hora de fazermos aquele balanço, pra quando a Simone disser "Então é Natal/E o quê você fez?" vocês terem o que responder. Há 2 anos morria Tom Petty e milhares de malditos filisteus perguntavam "Quem?"

O disco dessa semana é indicação do indie matheusnovaes.


Adam Green - Engine of Paradise


Spotify - https://open.spotify.com/album/5cRMnUnOIwI1IS7hH1Owzc

Deezer - https://www.deezer.com/album/106829192?utm_source=deezer&utm_content=album-106829192&utm_term=1503374886_1569885979&utm_medium=web

YouTube - https://www.youtube.com/playlist?list=OLAK5uy_nFPsAxMmvhtiacWIvIxakPwlSQeQF1P1c

O cantor, compositor, artista e cineasta americano Adam Green prepara-se para o lançamento do álbum Engine of Paradise, o sucessor de sua trilha sonora reimaginada de Aladdin, para o dia 06 de setembro pelo selo 30th Century. O trabalho conta com contribuições especiais de Florence Welch (do Florence and the Machine), Jonathan Rado (do Foxygen) e James Richardson (integrante das turnês do MGMT).

O disco ainda tem uma HQ pra acompanhar: http://adamgreen.info/?fbclid=IwAR0ro5L8mbeDk1vWcXyjnIEcFFBpCEJi_wapgtHIB5w0-slrkd6gFHwCerE



É isso aí, gente! Coloquem o nome na lista para indicar novos discos.

Fiquei alguns anos sem ouvir Adam Green (moldy peaches, a banda dele que juno ARRUINOU eu ainda ouço bastante). Esse disco novo me deixou curioso porque o grande apelo do Adam Green era ser um jovem judeu retardado com voz de crooner adulto, o que dava um belo contraste quando ele cantava versos do tipo "Carolina, she's from Texas /Red bricks drop from her vagina / Oh, her lips taste just like sunk ships /But her breasts taste just like breakfast".

Mas foi uma bela surpresa ver que ele amadureceu (na medida que é possível um jovem privilegiado branco amadurecer) e esses 20 minutos de canções existenciais (e ainda surreais em alguns momentos) passam voando. Quis mais. Adam Green está a alguns passos de entrar para o panteão de grandes compositores judeus que a gente nunca sabe se são engraçados ou cronicamente deprimidos (Harry Nilsson, Randy Newman, Warren Zevon...).

Rapaz, mas esse disco é um tesourinho... Não sabia q o Adam Green era do Moldy Peaches, e fui pego de surpresa por esse folk pop meio bobo e totalmente sincero. Ouvi num dia muito ruim... E depois em um dia menos horrível.. E não parei de ouvir até agora!

8,2 e acho que entra nos melhores do ano

Gostei do disco, além do vozeirão meio crooner canalha do Adam Green os arranjos me remeteram bastante aos primeiros Acústicos MTV e esse saudosismo goxtoso aqueceu ainda mais meu coração.
Engine of Paradise poderia ser um pouco mais longo foi o que ela disse, mas o fato de ser curto não comprometeu não foi o que ela disse.

7,8/10

Gostei do som, não conhecia o sujeito e achei esse estilo mais acústico uma boa pedida pra uma semana terrível como foi essa. Quer dizer, 2019 tá foda e o fórum tem me ajudado a passar um tempo em um lugar melhor.


7.5 de 10

Uma versão empobrecida de Pure Comedy do Father John Misty

Trindade escreveu:Uma versão empobrecida de Pure Comedy do Father John Misty

Pure Comedy é um bom disco mas:
a) Não tem nada a ver com esse... Pegada totalmente diferente
b) Não chega aos pés desse disco.

El Rafo Saldanha escreveu:
a) Não tem nada a ver com esse... Pegada totalmente diferente

I'll just freeze my love
Because technology has changed me
Somebody better drag my soul
Through the eye of an atomic hole

All of you people
Step inside me everybody
Down and down
But not too much to make us drown

This is not a game show
People tell their grandsons
"God is the exception"
But when I smell your soul, lady
I breathe deflated air, baby

Para mim tem semelhanças sim em como são dois albuns caras brancos refletindo sobre nosso momento atual da sociedade de aparente apatia, desconexão, futilidade e dominância da tecnologia. Alem disso os dois fazem isso utilizando uma pontada de sarcasmo. O Pure Comedy é claramente MUUUUUITO menos sutil ao abordar todas estas questões mas ainda sim vejo paralelos.

Empobrecido foi uma escolha ruim de palavra. Não é um album pobre de ideias e complexidade nem de longe, so achei menos... cativante e atraente.

nessa discordamos forte